Logoterapia é uma abordagem psicoterapêutica criada por Viktor Frankl que a desenvolveu a partir do período em que esteve preso em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Em seu livro “Em busca de sentido” aborda as estratégias que desenvolveu para ter um sentido, uma motivação, uma desculpa para se manter vivo.
Ele relata que o homem ao se humanizar foi perdendo a intensidade dos instintos animais que impulsionavam sua existência. Além disso, comportamentos sociais que transmitiam segurança foram se enfraquecendo. Família, casamento, amizade, perderam importância.
A humanização e o enfraquecimento das relações sociais provocam o vazio existencial. Não somos mais animais e estamos nos desumanizando.
Temos então que “Nenhum instinto lhe diz o que fazer e não há tradição que lhe diga o que deveria fazer”. Não sabemos sequer o que queremos fazer e então fazemos o que os outros fazem. Esse vazio leva a um estado de tédio, a uma “neurose dominical”, que surge quando é percebida a falta de conteúdo na vida, após o corre-corre da semana atarefada.
Esta situação também ocorre com aposentados e idosos e “não são poucos os casos de suicídio que podem ser atribuídos a esse vazio existencial”.
Alguns procuram preencher esse vazio cercando-se de outros, manipulando-os, exercendo poder, na sua forma mais rudimentar, pelo dinheiro, oferecendo prazer ou se tornando imprescindíveis, pelo exercício de alguma prática.
Muitos têm a morte como aterrorizante porque leva pessoas próximas e lembra que se a vida não teve sentido, a morte também não terá, mas conhecer a origem deste sofrimento, dar novos significados a acontecimentos, ajudará a olhar o Mundo de outra forma, permitirá se ver com outros olhos.
O uso das técnicas da Psicanálise torna possível desenvolver competências para vivenciar uma feliz tarde de domingo, pois existe vida além da TV e das redes sociais.
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