Por Centro Psicanalise Freud em 20/04/2022
Receita para ser feliz

Receita para ser feliz

Um famoso filósofo que viveu no século XVIII, descreveu o que podemos chamar de “receita da felicidade”, que ele denominou de “Princípio da maior felicidade”, o que também inspirou Freud. Segundo ele, os seres humanos passam a vida entre dois extremos: o Prazer e a Dor, sendo a Dor companhia mais constante e comum do que o Prazer. O Prazer é sempre intenso e fugaz e logo que nos habituamos a ele, passa a ser comum e começamos a procurar algo mais. Nunca estamos satisfeitos com o que nos dá prazer,. Os relacionamentos esfriam e os bens perdem o encanto. Já a Dor está sempre por perto, durante toda nossa existência. Desde o nascimento, somos submetidos a situações que nos afligem, em especial nos primeiros anos de vida, quando somos completamente indefesos, necessitando do auxilio do Outro para sobreviver. E por isso, nesses primeiros anos de vida, quando o sujeito é formado, a insegurança é constante e a Dor está sempre muito próxima. Mas se não é da natureza humana valorizar o que já conseguiu e assim perpetuar o Prazer, podemos nos afastar da Dor. Se tivermos a sensação de que algo não vai bem, em primeiro lugar temos que identificar o que está nos causando o desprazer. Qual é a verdadeira origem da Dor? O que está nos impressionando como desagradável é a origem ou uma consequência? O problema é a febre ou o espinho no pé? Temos realmente de conviver com o que nos está causando Dor? Se aquele lugar ou aquelas pessoas me desagradam, preciso realmente ir até lá? Sabemos que quando estamos envolvidos na questão, torna-se mais difícil avaliá-la, pois a nossa percepção pode nos enganar. Aquilo é um gigante ou a sombra de um anão? O envolvimento e a emoção afetam o nosso julgamento, daí a importância de uma análise técnica. Um desabafo pode causar alívio no momento, mas passa a ser um segredo compartilhado, que pode ocasionar melindres no futuro. Ao elaborar sobre o que hoje parece insolúvel, criamos a oportunidade de amanha perceber a questão como algo menor.

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