Imagine que sua vida é um lindo pedaço de terra onde há muitas árvores frutíferas, plantas ornamentais e um gracioso riacho. Tudo plantado por você ao longo da vida. Você passeia por aqueles lindos jardins e é muito feliz.
Vagarosamente, silenciosamente, coisas estranhas começam a acontecer. Você sente um aperto no peito, mas não quer acreditar na sua intuição e aí, um dia, do nada, tudo é destruído. Num piscar de olhos só resta a terra nua e devastada.
Você não consegue entender nem acreditar. Tudo destruído. Nada ficou em pé, somente pedra sobre pedra. Só te resta também morrer ou tentar reflorestar aquele pedaço de terra.
Você decide lutar, replantar cada árvore e cada planta exatamente como era antes. Decide refazer seu lindo pedaço de terra. Decide que vai deixá-lo exatamente como era antes. Nada nem ninguém vão afastá-lo daquela felicidade.
Mas, inspirado, percebe que reproduzir o passado não é o melhor caminho. Que a cópia nunca será perfeita e sempre te lembrará de antes, com os bons momentos e também de toda a tristeza que sucedeu.
Então você decide aguardar que a terra devastada se recupere por si só. E fica observando a erva crescendo, as sementes trazidas pelos pássaros brotando, o riacho ressurgindo. Plantas novas em locais diferentes, um novo lindo pedaço de terra.
É assim que acontece. Sempre que você acreditar que devastaram a sua terra poderá reflorestá-la ou deixar que a vida siga seu rumo, aguardando com paciente sabedoria que as coisas se acomodem e floresçam porque TUDO SEMPRE PASSARÁ.
O Mal e o Bem, também.
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