Por Centro Psicanalise Freud em 20/04/2022
Você é quem gostaria de ser?

Periodicamente o meio em que vivemos nos faz sentir quase que derrotados: é aquela situação financeira que ainda não alcançamos; aquele corpo que não temos; aquele amor ainda não vivido.

Olhamos em volta e acreditamos que OUTROS tem tudo o que queremos e nós quase nada… A mídia nos faz ter certeza que felicidade é sinônimo de comprar, de ser magro, de ser um sucesso!

Temos coisas com características funcionais desnecessárias ou inúteis: o celular é 4G, MAS a operadora não tem sinal; o carro alcança 100 km em 21 segundos, MAS as ruas não permitem nem 40 km/h, MAS ambos são prova do meu sucesso! Não tem muita utilidade, MAS são top de linha.

Nossas relações sociais são instantâneas – Face, Whatsapp, Instagram, que nos colocam em contato com o Mundo, MAS as relações são distantes e superficiais.

Apresentamo-nos ao Mundo como indivíduos com certo sucesso, MAS o sujeito que habita o nosso interior está desanimado e triste. Temos muitas coisas, MAS não o suficiente. Somos incapazes de valorizar o presente e gastamos muito tempo relembrando o passado ou planejando um futuro que talvez nunca aconteça. A mulher esquece o neném maravilhoso e fica deplorando o corpo modificado. O homem passa os dias trabalhando para oferecer mais conforto a família e não consegue tempo para jogar bola com o filho, e por aí vai.

Você já leu dezenas de textos como esse e nem precisava fazê-lo, pois sabe de tudo isso, MAS não consegue fazer diferente. Algo te prende; algo te leva sempre na mesma direção; por mais que você queira, não consegue fazer diferente. Aí você se angustia e as doenças surgem. A pior delas é aquela que não é diagnosticada. Você sente o sofrimento, MAS dizem que você não tem nada. Começa a tomar drogas para ficar calmo e para dormir, MAS aquele sujeito lá dentro fica cada vez mais impaciente, então te restam duas opções: dopar o tal sujeito OU chama-lo para conversar.

 

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